No meu caso, demorou cerca de 2 anos até me ser diagnosticada a PTI, tudo começou em Setembro de 2008 após ter tido uma cólica que me levou de urgência ao Hospital da Luz, onde, mesmo sem conseguirem descobrir a causa da cólica, me tiraram a dor e pelas análises ao sangue descobriram que eu apresentava 70.000 plaquetas (valor minimo normal 150.000), anemia e a PCR com um valor de 18, a médica que me assistiu, queria que eu ficasse internada, mas eu não. Segui o seu conselho e marquei consulta para um Hematologista, optei por faze-lo na CUF Descobertas hospital em que depositava toda a confiança, o médico só me mandava fazer análises e mais análises e os valores continuavam iguais aos do dia da urgência, fiz também uma eco abdominal que veio a revelar um cálculo na visicula, encaminhou-me então para um colega Gastroentrologista, que após uma endoscopia alta me diagnosticou, varios problemas ao nivel do estomago e esófago, entretanto o Hematologista deu-me alta. O cansaço, dores de cabeça, dormência nas mãos e dores articulares que já sentia há uns 2 anos, começaram a pior, e o Dr. A. F. meu gastroentrologista, aconselhou-me a consultar um reumatologista com a maior brevidade, entretanto como os valores das análises continuavam iguais, eu sentia-me abandonada pelo hematologista, e num desabafo encontrei aquela que viria a ser o meu Anjo da Guarda, a srª Enfª D. que me encaminhou para o Hosp. Pulido Valente, onde fui tratada primeiro à anemia (fiz ferro intravenoso), receitaram-me comprimidos para as dores, e foram vigiando atentamente os valores das plaquetas, entretanto fui à reumatologista que desconfiou que tivesse Lupus, as analises deram negativo, numa consulta posterior ela reparou que os meus braços estavam cheios de nódoas negras, mandou-me fazer análises às plaquetas, e a outra doença que não me recordo o nome, rapidamente tive o resultado, plaquetas 19.000 e negativo para a outra doença. Nesse dia em Junho de 2009 iniciei o tratamento com cortisona. Quando voltei ao hematologista Dr. A.R. no Hospital Pulido Valente, ele mandou-me continuar com a cortisona e a quantidade a tomar ia variando conforme os valores das plaquetas, e ao principio os valores das plaquetas não desciam muito, até que a certa altura, cada vez tomava mais cortisona e os valores das plaquetas já não subiam como hábito, foi então que recebi o diagnóstico PTI, o Dr. A.R. explicou-me tudo e disse-me que talvez tivesse que retirar o baço e porquê. Em Junho de 2010 fui de férias e comecei a sangrar das gengivas e nariz, o corpo estava coberto de nódoas negras, assim que cheguei a Portugal fui ao HPV, as plaquetas estavam em 19.000, mais cortisona e pouco subiam....até que a esplenectomia (retirar o baço) parecia ser a melhor solução. Quando fiz as análises para a cirurgia tinha 46.000 plaquetas, o anestesista na consulta disse-me que não podia ser operada com aqueles valores, eu sabia e disse-lhe que o colega me ia aumentar a dose de cortisona para que as plaquetas estivessem num valor indicado para a cirurgia. Aumentaram-me a cortisona e felizmente na véspera da cirurgia tinha 162.000 plaquetas. Fui operada a 28/10/2010, correu tudo bem, primeiro os valores das plaquetas dispararam para valores malucos, depois começaram a normalizar e o médico começou a diminuir muito lentamente a quantidade de cortisona que tomava, no dia a seguir ao Natal fiquei doente, (especialmente no 1º ano após a esplenectomia estamos mais sujeitos a infecções), fui às urgencias da CUF Descobertas, contei à medica que tinha PTI e fiz análises, plaquetas incluidas, não queria acreditar quando vi que tinha apenas 126.000...., nessa semana voltava ao hematologista e tinha que fazer novamente análise às plaquetas, desta vez o mundo parece que caiu na minha cabeça 86.000, o Dr. A.R. animou-me, manteve a cortisona, e mandou-me repetir a análise 30 dias depois, felizmente já estava dentro dos valores normais, voltou a diminuir o valor de cortisona que tomava, os valores das plaquetas têm estado dentro dos correctos, esta semana a análise tinha 186.000, na 1ª semana de Maio volto ao HPV e estou esperançada que desta vez o Dr. A.R. me retire a cortisona.
sábado, 30 de abril de 2011
Porquê escrever este blog?
Há algum tempo, foi-me diagnosticada PTI (Purpura Trombocitopenica Idiopática), corri para a net para tentar encontrar algum testemunho sobre esta doença rara. Não encontrei, e pensei que eu devia contar a minha experiência e talvez assim, "ajudar" quem tivesse esta doença.
domingo, 17 de abril de 2011
PTI
A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma doença sangüínea adquirida caracterizada pela trombocitopenia (diminuição do número das plaquetas no sangue). Como a maioria dos casos parece estar relacionada ao aparecimento de anticorpos contra as plaquetas, ela também é conhecida como púrpura trombocitopênica imunológica.
O tratamento inicial da PTI é feito à base de corticóides (corticosteróides, antinflamatórios hormonais) sistêmicos, geralmente com prednisona, para controle da reação auto-imune. Quando não surte o efeito desejado, uma das alternativas é a realização de imunoglubulina ,caso não haja resultado a última alternativa é a remoção cirúrgica do baço). Medicações que atuam na produção de plaquetas, como o eltrombopag, também podem ser utilizadas.
Sinais e sintomas
O quadro clínico, em geral, é de instalação abrupta, podendo ocorrer:- Sangramentos cutâneos: presença de petéquias e equimoses
- Sangramentos mucosos: presença de epistaxe, gengivorragia, menorragia, hematúria ou sangramentos no trato gastrointestinal.
- Pode também existir fortes dores nas pernas junto com as hemorragias;
- O paciente pode ficar inchado, havendo aumento de peso.
Tratamento
Quando é possível identificar a causa da manifestação, o tratamento é feito com a eliminação do fator (por exemplo, do contato com a substância que o induziu).O tratamento inicial da PTI é feito à base de corticóides (corticosteróides, antinflamatórios hormonais) sistêmicos, geralmente com prednisona, para controle da reação auto-imune. Quando não surte o efeito desejado, uma das alternativas é a realização de imunoglubulina ,caso não haja resultado a última alternativa é a remoção cirúrgica do baço). Medicações que atuam na produção de plaquetas, como o eltrombopag, também podem ser utilizadas.
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